nutrição enteral

Nutrição enteral: tipos e aplicações

Existem diversas condições de saúde que podem impossibilitar ou dificultar a alimentação de um indivíduo. Situações em que um paciente passa por um AVC (Acidente Vascular Cerebral) ou por um pós-operatório podem comprometer sua capacidade de alimentação.

Nesses casos, a nutrição enteral, um tipo de dieta por sonda, passa a ser necessária para que o paciente continue a receber a quantidade de nutrientes necessários ao organismo.

A seguir, conheceremos melhor o que é e como funciona a nutrição enteral, em que casos ela passa a ser indicada e quais são os benefícios da sua utilização. Confira!

O que é nutrição enteral?

A nutrição enteral é um tipo de tratamento no qual o individuo está incapacitado, de forma parcial ou total, de se alimentar pela boca, passando a receber a alimentação através de uma sonda.

Esse método de alimentação alternativo se faz por meio da introdução de um tubo flexível pelo canal nasal, que se posiciona no estômago ou intestino delgado.

Dessa forma, a alimentação do indivíduo em nutrição enteral se faz pela administração de alimentos em forma líquida para que possa receber todos os nutrientes necessários. Assim, esses alimentos são formulados de maneira que o indivíduo receba a quantidade ideal de carboidratos, proteínas, gorduras e minerais.

Para quem a nutrição enteral é indicada?

A terapia de nutrição enteral tornou-se bastante utilizada em ambientes hospitalares para tratar pacientes que estão em estado crítico ou que passaram por um processo cirúrgico, o qual inviabilizou sua alimentação pela ingestão oral.

Quais as aplicações da nutrição enteral?

Utiliza-se a nutrição enteral para suprir as necessidades alimentares do indivíduo que, por algum motivo, não consegue se alimentar ingerindo alimentos por via oral. Existem diversos cenários em que sua aplicação se faz necessária como:

  • Transtornos alimentares como anorexia nervosa;
  • Desnutrição grave;
  • Esofagite cáustica;
  • Doenças inflamatórias intestinais;
  • Síndrome de malabsorção;
  • Pancreatite aguda em fase de recuperação;
  • Síndrome do intestino curto;
  • Traumatismo na cabeça;
  • Malformação do trato gastrointestinal;
  • Bebês prematuros nascidos com menos de 24 semanas.

Esses são alguns exemplos de aplicação prática para a utilização da nutrição enteral.

Por que é importante?

A nutrição enteral se faz importante devido ao seu papel fundamental na recuperação de pacientes que tiveram a sua capacidade de se alimentar por ingestão oral reduzida ou interrompida.

Esse tipo de nutrição, quando aplicado corretamente, pode garantir a recuperação de um paciente. A seguir podemos ver quais são os principais benefícios da nutrição enteral:

  • Diminui o risco do paciente ficar desnutrido;
  • Melhora o tratamento ao qual está sendo submetido;
  • Combate a perda de peso;
  • Evita a fraqueza muscular;
  • Fornece a quantidade ideal de nutrientes que o paciente necessita;
  • Aumenta a resistência do paciente contra bactérias que causam infecções;
  • O sistema digestivo passa a ser estimulado da mesma forma que ocorre na alimentação convencional;
  • Pode ser utilizada em pacientes de várias faixas etárias e variadas condições de saúde.

Vias de administração de nutrição enteral.   

Nasogástrica

A nutrição enteral nasogástrica é realizada pela introdução de um tubo fabricado em material flexível pelo canal nasal que se estende até o estômago.

Orogástrica e oroentérica

Na orogástrica e oroentérica, se introduz uma sonda pela boca, que vai até o estômago ou intestino. Esse é o método mais utilizado em recém nascidos.

Nasoentérica

A nasoentérica introduz uma sonda através do canal nasal até ao intestino, podendo se estender até o duodeno e jejuno. Esse método diminui a possibilidade de obstrução da sonda e provoca uma menor distensão gástrica.

Gastrostomia

A gastrostomia coloca um tubo através de cirurgia diretamente sobre a pele que vai até o estômago. Esse método permite a utilização de sondas de maior diâmetro, facilitando assim o seu manuseio.

Duodenostomia e jejunostomia

A duodenostomia e a jejunostomia introduzem a sonda através de cirurgia diretamente da pele até o duodeno e jejuno. Essa técnica possibilita a diminuição do risco de aspiração do suco gástrico para dentro do pulmão. Além disso, permite a alimentação oral após cirurgia gástrica.

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