A sustentabilidade é uma tendência mundial que faz parte de todo o mercado, inclusive das empresas de bebidas destiladas e alcoólicas de forma geral, conforme os Indicadores Setoriais de Sustentabilidade da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe).
Os dados do Primeiro Relatório de Sustentabilidade Abrabe apontam que 57% das organizações do setor possuem iniciativas ou práticas relacionadas ao meio ambiente. Enquanto isso, 69% delas têm como foco a diminuição de resíduos sólidos.
Neste artigo, vamos falar mais sobre a relação entre bebidas alcoólicas e sustentabilidade a partir dos resultados do Primeiro Relatório de Sustentabilidade Abrabe. Confira!
Primeiro Relatório de Sustentabilidade Abrabe
O relatório, feito em 2021 em parceria com a KPMG, complementou o estudo de mercado sobre o setor de bebidas alcoólicas, intitulado diagnóstico setorial, realizado em 2019. No novo documento, a associação incorporou temas e indicadores de governança corporativa, ambiental e social de forma inédita.
Dessa maneira, a Abrae apresentou o cenário econômico por meio do volume de produção, vendas, exportação, faturamento, importação, empregos e distribuição. Além disso, também fez uma pesquisa a partir da visão do setor sobre sustentabilidade.
Embalagens
Nos dias de hoje, 73% das embalagens de bebidas alcóolicas são de vidro, que é um material totalmente reciclável, visto que uma garrafa pode se tornar outra, o que gera um ciclo sustentável e se adapta ao conceito de reúso.
Entre as organizações que fizeram parte do estudo, 31% incluíram embalagens de vidro retornáveis em seus portfólios, com a taxa de reutilização variando entre 53% e 100%.
Resíduos sólidos
Cada vez mais empresas estão aderindo a iniciativas que visam diminuir ou eliminar os resíduos sólidos das operações. Em relação aos dados, 69% das organizações têm algum tipo de iniciativa, e a reciclagem compõe a maior parte delas (83%). Logo em seguida, vem a reutilização (50%) e a compostagem (46%).
Consumo de energia
Também há estratégias relacionadas à energia e ao clima para reduzir os impactos negativos ao meio ambiente. De acordo com o relatório, 46% das empresas associadas têm projetos nesse âmbito. Entre elas, 88% possuem iniciativas de diminuição e gestão de consumo de energia, e 56% atuam na diminuição e gestão de gases do efeito estufa.
Entre todas as associadas, 14% também têm como objetivo reduzir a propagação de gases prejudiciais ao meio ambiente. Na maioria dos casos, a adoção de práticas de diminuição do consumo de energia acontece por meio da migração para fontes de energia renováveis, como:
- projetos de arquitetura que priorizam o aproveitamento da luz natural e preveem a menor utilização do ar-condicionado;
- instalação de parques eólicos, caldeiras de biomassa e placas solares;
- mudança dos modelos de iluminação, com maior uso de sensores de presença e LED.
Por outro lado, as práticas que visam à redução da emissão de gases consistem em:
- gerar e consumir energia renovável;
- substituir frotas;
- precificar o carbono;
- compensar as emissões;
- identificar riscos atrelados às mudanças climáticas;
- substituir a matéria-prima.
Produção e gestão sustentáveis
O relatório indica que as organizações associadas estão comprometidas com o consumo responsável de água. Isso porque 34% delas têm metas de redução de consumo, e 51% adotam medidas de redução, como iniciativas de reúso.
Mercado de bebidas alcoólicas no Brasil
Por fim, o relatório apontou o crescimento do mercado de bebidas alcoólicas no Brasil. Em 2019, juntas, as empresas associadas detinham cerca de 30% de toda a quantidade de bebidas alcoólicas vendidas no país.
Em 2021, o percentual aumentou para 34%. O faturamento bruto também teve alta: de R$ 29,7 bilhões em 2019 para R$ 32,2 bilhões em 2020 — um aumento de quase 40%.
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